quinta-feira, 11 de outubro de 2012


RECLAMAÇÃO DE CHACHORRO
OU POEMA ESCRITO A PARTIR
DO PONTO DE VISTA DOS CÃES

... agora nas ruas de Natal a gente vê

(ou melhor, o que é pior, a gente só vê

depois de inúmeras pisadas e escorregadas)
que há mais cocô de gente
do que de cachorro a latrinizar as calçadas...

Até os cães, em especial,

os mais raciados,
(já que os vira-latas, coitados,
estão acostumados a pisar
em coisas muito piores),
estão reclamando
que não agüentam mais
andar nas ruas e ficar pisando
freqüentemente em fezes de humanos...


José Lindomar Cabral da Costa
Foto: RECLAMAÇÃO DE CHACHORRO
OU POEMA ESCRITO A PARTIR
DO PONTO DE VISTA DOS CÃES

... agora nas ruas de Natal a gente vê
(ou melhor, o que é pior, a gente só vê
depois de inúmeras pisadas e escorregadas)
 que há mais cocô de gente
do que de cachorro a latrinizar as calçadas...

Até os cães, em especial,
os mais raciados,
(já que os vira-latas, coitados,
estão acostumados a pisar
em coisas muito piores),
estão reclamando
que não agüentam mais
andar nas ruas e ficar pisando
freqüentemente em fezes de humanos...

José Lindomar Cabral da Costa

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

PANGEIA E BABEL


Todos os pessimistas esperavam o Armageddon
Os otimistas também
Seria o melhor para a raça fétida
Um holocausto sem proporções varrendo a vida do planeta
O homem trabalhou duro
Ah, como trabalhou duro
Na verdade seguiu uma lei natural
A construção é lenta, seu alimento: a paciência
A destruição é vupt! Vestida de egoísmo e nutrida por mesquinhez
Mas a natureza é sábia
Agiu em silêncio como sempre
O serzinho se achando o tal
Terremotos, tsunamis, derretimento de geleiras
E ele pensando que era o responsável pela revolução
Esta, fruto de suas mazelas e insanidades
Qual nada!
A natureza estava agindo
Rearranjo de placas
Cada milímetro
Tinha que fazer algo para deter o belzebu primata
Mas só detê-lo não adiantaria
Teria que fazê-lo enxergar
Fazê-lo aceitar sua impotência diante à criação
Movimentos fractais
E disparado o revólver da união
Na marra
Foda-se, bicho homem!
A terra tremeu
Muitas vidas se perderam (que bom!)
E tremeu e tremeu
As placas chacoalharam
Continentes partiram alucinados
Uns rumo aos outros
E finalmente a colisão
Tudo junto
Amontoado
Preto, branco, amarelo
Ameríndios, germânicos, orientais
Jesus, Buda, Alá, a puta que o pariu
Agora é uma terra só a Terra
Novamente a Pangeia
Que sabedoria da gênese!
 Entre Eufrates e Tigre
No centro quase exato do novo velho continente
Donde um dia fora a rica Mesopotâmia
Hoje o pobre Iraque
A Torre de Babel
Que alcança o céu
E onde todos falam a mesma língua
Na marra!
Por: Campos Henrique!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"A beleza é essencial para o bem estar da alma" - Edson Campos.










Edson Camos é um renomado astista brasileiro radicado nos Estados Unidos da América. Suas pinturas de beleza e perfeição extremas, lembram-me o que o meu país tem de bom.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Belezas Naturais Incríveis.









As imagens acima não são de minha autoria. Caso queiram saber mais sobre estas, procurem na rede social Facebook Surprising World.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

UTI ONOMATOPÉICA


Ai! Ai!
Ui!
Atchim!
Cof, Cof!
Blin Blin Blin Blin!
Rheeeec!
Toclof! Toclof! Toclof! 
Tic-tac! Tic-tac! 
Oops!
Ai, ai... 
Hmm... 
Ah!
Tutututu!
Splash!
Glu! Glu! Glu!
Tic-tac! Tic-tac! 
Clap! Clap! Clap! 
Tum! Tum! Tum!
Shhhhh!
Tum! Tum! Tum!
Shhhhh!
Zzzzz!
Beep! Beep! Beep!
Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Buáááá!

Por: Campos Henrique.

MELANCOLIA


Ela estava triste
Estava à beira de um precipício
Na iminência de cair a qualquer momento
Não sabia o que fazer, também não queria
Apenas sonhava sair dali
Ela não era mais a mesma
Para ela, tudo havia mudado
Um dia fôra feliz
Mas o medo ainda a invadia
Sentia-se insegura
Olhava-se indiferente, fracassada, impotente
Pobre menina, não conseguia enxergar o que realmente via
Perdeu o nexo, enlouquecia
E assim foi-se o seu último fio de esperança
Sentia como sua vida era frágil
Frágil como a vida de uma flor
Uma flor que jaz à eswcuridão
Sentia seu brilho ofuscar, ficando cada vez mais fraco
A cada dia ficava mais pálida
Seus olhos mais fundos
Sua alma mais negra
As lágrimas iam tomando conta dela
Fez um dilúvio de tristeza
As palavras apenas a entristeciam
Apena rompiam o silêncio
O doce silêncio da loucura
Sabia que aquilo não era o que queria, mas seguia
Sentia-se afundar cada vez mais
Apenas sentia o corpo
Sua alma vagava perdida num limbo esquecido
Naufragava, enlouquecia
Amarga melancolia
Doce solidão
Não sentia mais o amor
Apenas inveja daqueles que amavam
Na verdade tentou
Mas se machucou
E nunca mais amou
Seu coração lento pulsava
Sangrava
Ardia
Cada vez mais o ódia a invadia
O vento passava e ela estremecia
O frio da noite a tomava
Chegou um dia que não suportou mais a dor
Não hesitou em olhar pra trás
Se jogou
Se matou
Seu corpo despedaçou-se e está junto ao mar
Sua alma voou ao céu donde para todo o sempre descansará.

TESÃO


Lembro-me das nossas doces noites de amor
Da tensão do seu beijo, do mais puro calor
Lembro-me também dos meus sonhos
Pelos quais seu corpo resplandecia a luz do luar
Envolvido em meus braços num quente abraço.
Só de recordar nossas mais diversas orgias
De como você fez tudo aquilo virar magia
Dos seus olhos, meigos olhos, cheios de desejo, assim como os meus
Seu calor, o fogo da paixão
Do ardor do meu coração.

NAS ÁGUAS DO AMOR



Nas águas do amor me perdi,
Mas também me encontrei ao ver você
Procurei esse amor
Em ruas,
Becos,
Avenidas
Mas só em você achei
Nunca imaginei amar alguém assim
Você me ensinou o que é viver
O que é o amor e como sentí-lo
É muito mais que atração física

Ou outra coisa qualquer
Nosso amor é puro
É lindo
É tudo e um pouco mais
Chega a ser mais puro que o perfume dos lírios
Mais belo que a mais linda rosa
E ao mesmo tempo desatina
Consome
Sufoca
Alucina
Mesmo sem nunca tocá-lo ou ao menos vê-lo eu o sinto
Nossas almas entrelaçadas no mais eterno amor
Ao anoitecer sonho em tê-lo junto a mim
Mas choro a cada amanhecer
Por não estar a meu lado
Apenas não espero morrer em meus devaneios
Sem antes sentí-lo em meus braços.

POEMA PARA UMA ÁRVORE MORTA

Esperança!
Que pífio engano
Comédia no arrolar de uma tragédia
Toda frondosa, de copa verde, cerne rosa
E sua verve pagã, de demônios e fadas

De tantos sonhos, sombra de nossos beijos
Com a adaga afiada, lâmina a romper a rubra seiva
O nosso amor se foi tão cedo
No outono gris, opaco, anunciando medo
Desespero
E o inverno triste espelhado no tronco em ruínas
Na primavera do meu adeus não existem flores

E essa corda a balançar num ganido de horror
Não tenho ar, não sinto dor
Na paisagem vista ao entardecer
Sou apenas um galho ao vento



Por: Campos Henrique. Meu amor.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

 



Mestra na pintura. Foi muito dificil escolher as ointuras, já que todas são lindas. mas é um imenso prazer compartilhar, as obras desta fantástica pintora.